A origem da Ordem Eqüestre dos cavaleiros do Santo Sepulcro de Jerusalém remonta à primeira cruzada, onde Godfrey de Bouillon reuniu ao seu redor um grupo de cavaleiros, aos quais foi confiado a proteção do “Capítulo de Cânones” (regras) religioso que se concentrava no Santo Sepulcro de Cristo.

Durante 20 anos esses cavaleiros e aqueles que vieram juntar-se a eles, protegeram a presença de Cristo mo Santo Sepulcro, tomando como bandeira a cruz vermelha de Jerusalém, popularizando-a na vestimenta dos cavaleiros das cruzadas.

No ano de 1113 o papa Pascoal II reconheceu oficialmente sua existência e finalidade.

Finalmente em 1122 o papa Calixto publicou uma bula, declarando-os uma comunidade religiosa laica com a responsabilidade específica de proteger a Basílica do Santo Sepulcro e a cidade de Jerusalém em defesa do cristianismo contra o ataque muçulmano.

Foi estabelecido o Reino Latino de Jerusalém e os cavaleiros do Santo Sepulcro desempenharam papel importantíssimo na promoção da paz no território. Os ataques muçulmanos, todavia, não cessaram e a defesa da Basílica do Santo Sepulcro (cuja construção feita pelos primeiros cruzados continua até hoje e que abrange o sítio da crucificação e sepultamento de Cristo) tornou-se impossível.

O primeiro grupo de cavaleiros fugiu para a cidade de Acra, para a fortaleza de D. João, onde foram recebidos por outros grupos de cruzados anteriormente situados.

Eles lá permaneceram de 1245 a 1291 quando a grande fortaleza caiu nas mãos dos muçulmanos, terminando, assim, o Reino Latino de Jerusalém.

A diáspora (dispersão) aconteceu entre os cristãos na Palestina. Muitos cavaleiros do Santo Sepulcro permaneceram na bacia do Mediterrâneo; outros fugiram para a França e para a Espanha.

Os trabalhos da Ordem continuaram na Polônia, onde cavaleiros lá estabelecidos e mais tarde seus descendentes continuaram com o espírito de defesa do cristianismo.
A atividade da Ordem e sua própria identidade na Palestina transferiu-se dos cavaleiros (que retornaram a seus países) para a Ordem Religiosa de São Francisco, que tinham a custódia do Monte Sião.

Este grupo de franciscanos preservou a missão dos cavaleiros cruzados do Santo Sepulcro durante séculos conscientes da bula original de compromisso, que confiava não só a Basiléia , mas também os fiéis, à proteção dessa ordem.

Em 1330, o papa João XXII nomeou o prior da Casa Franciscana Guardião da Ordem do Santo Sepulcro.

O guardião serviu como assistente do pontífice, que reservou para si a autoridade de governo da Ordem.

No entanto, os guardiões eram os responsáveis por todos os aspectos do crescimento e governança da Ordem, incluindo a convocação de novos cavaleiros.
Em 1847, o Papa Pio IX modernizou a Ordem dando-lhe uma nova Constituição e colocando-a sob a proteção direta da Santa Fé e conferindo o seu governo ao Patriarca Latino. Seu papel fundamental também ficou definido: ajudar nas obras do Patriarcado Latino de Jerusalém, preservando a obrigação espiritual de propagar a Fé.

Em 1949, o Papa Pio XII decretou que o Grão Mestre da Ordem deveria ser uma Cardeal da Santa Igreja de Roma, designando o Patriarca Latino de Jerusalem como Grão Prior. Em 1962, o Papa Joao XXIII e, em 1967, o Papa Paulo VI reorganizaram e revitalizaram a Ordem, com a intenção de tornar suas atividades mais coordenadas e efetivas.

Em fevereiro de 1997 o Sumo Pontífice João Paulo II transformou-a no que é hoje, uma associação Pública de fiéis com personalidade jurídica e canônica, constituída pela Santa Fé ao abrigo da Lei Canônica 312 parágrafo 1:1.

Os aspectos meritórios e interessantes da Ordem atualmente se assentam no papel que lhe foi atribuído, o qual prossegue na esfera da Igreja Católica e pela estrutura administrativa e organização local em diversas comunidades ao redor do mundo.